O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS EM SALA DE AULA
UM OLHAR PARA O GÊNERO BOOKTUBE
Keywords:
tecnologia, sala de aula, booktubeAbstract
Até pouco tempo atrás, a utilização de celular era proibida em sala de aula porque seu uso era relacionado à falta de atenção e à distração dos alunos. Porém, uma vez que vivemos em uma sociedade cada vez mais ditada pelas relações virtuais representadas nas telas de computadores, telefones celulares, tablets e afins, esse movimento rumo aos ambientes eletrônicos rapidamente começou a revolucionar as práticas escolares e os gêneros eleitos para estudo (TRUPE, 2002). Atualmente, no Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) postula que o uso de tecnologias em sala de aula seja realizado a fim de que os alunos as utilizem de maneira crítica e responsável ao longo da Educação Básica (BRASIL, 2016). O booktube é um desses gêneros que já tem sido, ainda timidamente, inserido nas práticas de leitura e produção de texto nas disciplinas de linguagens. O objetivo deste podcast é caracterizá-lo como um gênero textual relativamente estável advindo do uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, à luz da teoria bakhtiniana dos gêneros discursivos (BAKHTIN, 2011), a partir da análise de dois booktubes[1] publicados por escolares do ensino fundamental II na comunidade Youtube. A metodologia empregada é descritiva, bibliográfica, com abordagem qualitativa. A análise dessas produções evidenciou que a estrutura composicional do gênero booktube é uma atualização do gênero resenha no formato booktube; os temas mobilizados podem variar a depender do objetivo do professor ou mesmo das preferências literárias do booktuber; o estilo de cada produção altera-se em função de diversos aspectos linguísticos, tais como: adequação vocabular, do grau de (in)formalidade, mecanismos de coesão, argumento e coerência global. Assim, acredita-se que o gênero booktube é uma ferramenta tecnológica com alto potencial de enriquecimento das práticas de leitura e escrita em sala de aula, visto que com as TDIC é possível fomentar aulas mais significativas que instiguem o alunado para o protagonismo em práticas de linguagem realizadas dentro e fora da escola.
References
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base / Secretaria de Educação. Parceria com Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Brasília: 2016.
TRUPE, A.L. Academic Literacy in a Wired World: Redefining Genres for College Writing Courses. Kairos 7.2. (2002): s.p.
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