O TESTEMUNHO DE UMA REMANESCENTE DA DITADURA

AS MARCAS DA VIOLÊNCIA NO CORPO E NA ALMA

Autores

Palavras-chave:

ditadura, violência, testemunho, história, literatura

Resumo

O presente artigo analisa o testemunho da perseguida política do período ditatorial brasileiro Derlei Catarina de Luca, que foi publicado em 2002 sob o título No corpo e na alma. Partindo da ideia de testemunho enquanto lacuna (Agamben, 2008), se entende que o testemunho possível de Derlei opera enquanto ato de resistência, na medida em que denuncia as condições de violência impostas pelo mais recente regime militar que vigorou no país. São destacadas passagens em que se percebe a suspensão da lei e do direito, e em que os cidadãos foram tratados pelo Estado como vida nua e descartável, de acordo com seu valor político.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Traduzido por Henrique Burigo. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). Traduzido por Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

DE LUCA, Derlei Catarina. No corpo e na alma. Criciúma: Editora do autor, 2002.

TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

Downloads

Publicado

2021-11-24

Como Citar

BUCHWEITZ E SILVA, J. O TESTEMUNHO DE UMA REMANESCENTE DA DITADURA : AS MARCAS DA VIOLÊNCIA NO CORPO E NA ALMA. Anais do Encontro Virtual de Documentação em Software Livre e Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Online, [S. l.], v. 10, n. 1, 2021. Disponível em: https://ciltec.textolivre.pro.br/index.php/CILTecOnline/article/view/760. Acesso em: 30 set. 2024.