LETRAMENTOS EM PROCESSO

LIVES COMO UM GÊNERO TEXTUAL ACADÊMICO A PARTIR DA PANDEMIA DO COVID-19

Autores

  • Joyce Vieira Fettermann UENF
  • Clesiane Bindaco Benevenuti UENF
  • Annabell Del Real Tamariz UENF

Palavras-chave:

letramento digital, ressignificação, mídias digitais, gêneros textuais, multiletramentos

Resumo

O presente artigo propõe uma reflexão sobre os letramentos em processo, entendendo que, com a pandemia, tornou-se mais perceptível o quanto as construções e reconstruções de conhecimento acontecem de modo constante, em um movimento que possibilita aos leitores e aprendizes/usuários das tecnologias digitais um constante aprimoramento de suas habilidades para utilizá-las nas diversas atividades. Assim, são selecionadas três páginas do Instagram que têm se dedicado à produção de lives como materiais sobre assuntos de interesse acadêmico, como projetos de extensão, conteúdos sobre produção de artigos e materiais para processos seletivos de mestrado e de doutorado e aulas, além de realização de eventos acadêmicos on-line. As autoras concluem, percebendo que há uma remodelagem, isto é, uma ressignificação das lives, que já existiam e já eram utilizadas antes da pandemia em práticas sociais do cotidiano, mas que, devido à nova realidade, foram configuradas como um gênero textual acadêmico.

Biografia do Autor

Joyce Vieira Fettermann , UENF

Doutora e Mestra em Cognição e Linguagem (UENF). Especialista em Língua Inglesa e licenciada em Letras - Português/Inglês (UniFSJ). Possui experiência como docente no ensino básico (SEEDUC RJ); básico, técnico/tecnológico e superior (IFES - Cachoeiro de Itapemirim). Atuou também como professora no curso de Pós-graduação lato-sensu em Letras/Inglês Centro Universitário São José em Itaperuna/RJ, com as disciplinas: Compreensão e Produção Oral da Língua Inglesa e Novas Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Línguas Estrangeiras; e no ensino de inglês e coordenação pedagógica em cursos livres, onde realizou treinamentos de professores. Trabalha hoje com desenvolvimento de professores, produção e edição de materiais didáticos para o ensino bilíngue na Troika-SP. Interessa-se pelos seguintes temas: uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no ensino de línguas estrangeiras, Formação de professores, Recursos Educacionais Abertos, Multiletramentos e Multimodalidade no ensino de línguas.

Clesiane Bindaco Benevenuti, UENF

Doutoranda em Cognição e Linguagem (Estudos literários pelo viés da tecnologia) pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - RJ. Mestre em Cognição e Linguagem (Estudos literários pelo viés da tecnologia) pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - RJ (com dissertação acerca do tema: "A evolução tecnológica da cultura e os paradoxos virtuais: da geração de 60 à contemporaneidade" - orientada pelo poeta, ensaísta, crítico, professor Dr. Pedro Lyra). Pós-Graduada em Literatura e Língua Portuguesa pelo Centro Universitário São Camilo - ES. Pós-Graduada em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal do Espírito Santo - IFES. Licenciatura Plena em Letras: Português/Literatura pelo Centro Universitário São Camilo - ES. Membro do comitê científico da revista LinksCiencePlease e de Periódicos nacionais e internacionais. Curso avançado de italiano. Docente há 12 anos, leciona Literatura, Português e Redação em escola particular no município de Cachoeiro de Itapemirim; na rede estadual do Rio de Janeiro; e no Seminário Diocesano de Cachoeiro de Itapemirim, preparação propedêutica.

Annabell Del Real Tamariz, UENF

Possui graduação em Ciência da Computação - Universidad de la Habana (1992), mestrado em Engenharia Elétrica e Computação pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e doutorado em Engenharia Elétrica na área de automação pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Atualmente é professora associada da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Coordenou o curso de bacharelado em Ciência da Computação da UENF, no período de 2008 - 2014. Diretora do Centro de Ciência e Tecnologia da UENF no período de Agosto - Dezembro de 2015. Coordena projetos de extensão na UENF desde 2008. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Inteligencia Computacional, atuando principalmente nos seguintes temas:representação de conhecimento, agentes inteligentes, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e desenvolvimento de sistemas com metodologia ágil, Lidera o Grupo de Pesquisa "Inteligência Computacional Aplicada". ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9951-0657.

Referências

BAKTHIN, M. Estética da Criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Ministério da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, 2006.

CAZDEN, C.; COPE, W.; FAIRCLOUTH, N.; GEE, J.; et al. A pedagogy of multiliteracies: designing social futures. In: Harvard Educational Review, 1996. p. 60-93.

FETTERMANN, J. V.; PEREIRA, D. R. M. Multimodalidade e multiletramentos na avaliação da aprendizagem de línguas. In: SOUZA, C. H. M; MANHÃES, F. C.; OLIVEIRA, F. M. Novas tecnologias e interdisciplinaridade: desafios e perspectivas. Campos dos Goytacazes: Brasil Multicultural, 2017.

MARCUSCHI, L. A. Produção Textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio... [et al]. Organização de KARWOSKI, Acir Márcio; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO. Gêneros textuais: reflexões e ensino. 4. ed. São Paulo: Parábola, 2011.

MCLUHAN, M. (1962). The Gutenberg Galaxy: the making of typographic man. Toronto, Canada: University of Toronto.

RIBEIRO, A. E.; VECCHIO, P. M. de. Tecnologias Digitais e Escola: reflexões no projeto Aula Aberta durante a pandemia. São Paulo: Parábola Editorial, 2020.

ROJO, R. H. R. Alfabetização e letramentos múltiplos: como alfabetizar letrando? In: RANGEL, E. de O.; ROJO, R. H. R. (Coord.). Língua portuguesa: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010, p. 15-36 (Coleção Explorando o Ensino; v. 19).

SALDANHA, G. C. B. Letramento crítico e o ensino de língua estrangeira via língua-alvo em escolas públicas brasileiras: uma proposta viável? In: OLIVEIRA, S. B.; SÓL, V. S. A. Multiletramentos no ensino de inglês: experiências da escola regular contemporânea. Ouro Preto: Instituto Federal de Minas Gerais, 2016.

SILVA, M. O.; LEITE, N. C. Vozes na sala de aula de língua inglesa: uma experiência com os multiletramentos. In: Multiletramentos no ensino de inglês: experiências da escola regular contemporânea. Ouro Preto: Instituto Federal de Minas Gerais, 2016.

Downloads

Publicado

2021-09-07

Como Citar

FETTERMANN , J. V. .; BENEVENUTI, C. B. .; TAMARIZ, A. D. R. . LETRAMENTOS EM PROCESSO: LIVES COMO UM GÊNERO TEXTUAL ACADÊMICO A PARTIR DA PANDEMIA DO COVID-19. Anais do Encontro Virtual de Documentação em Software Livre e Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Online, [S. l.], v. 9, n. 1, 2021. Disponível em: https://ciltec.textolivre.pro.br/index.php/CILTecOnline/article/view/870. Acesso em: 30 set. 2024.