O DIREITO À DIFERENÇA: CONTRIBUIÇÕES DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM E INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Resumo

Esta conferência tem como objetivo apresentar uma revisita aos conceitos de Estilos de Aprendizagem e Inteligências Múltiplas, enquanto concepções e estratégias para a promoção de uma educação inclusiva (MITTLER, 2003, MANTOAN, 2015). Os estilos de aprendizagem representam as diversas possibilidades de construção do conhecimento por meio da exploração dos estilos visual, leitura e escrita, auditivo e sinestésico (FLEMING, 2000). Esses estilos devem ser compreendidos não para uma categorização reducionista ou para uma visão engessada da forma como as pessoas aprendem, mas como um pontapé inicial para se pensar a diversidade das pessoas e a forma como ela experienciam o mundo ao seu redor. Concernente às Inteligências Múltiplas, o conceito de Inteligência, segundo Gardner (1983) não pode ser dissociado da habilidade de se resolver problemas para a interação no mundo real. As pessoas resolvem muitos problemas de formas diferentes utilizando múltiplos recursos cognitivos e sociais que representam suas múltiplas inteligências. As teorias supracitadas coadunam com a educação inclusiva no sentido de reforçar o direito à diferença (MANTOAN, 2009). Nossas diferenças também se manifestam em nossos diferentes estilos de aprendizagem e Inteligências Múltiplas1. Especialmente no caso de pessoas em situação de deficiência, as quais também são público-alvo da educação inclusiva, é preciso que elas sejam reconhecidas por sua potencialidade e não pelas limitações que vem das barreiras criadas para sua aprendizagem (SOUZA, 2020, no prelo). Em outras palavras, o reconhecimento dos estilos de aprendizagem e inteligências múltiplas podem oferecer um panorama de possibilidades para o ensino e aprendizagem das pessoas em situação de deficiência de forma que sua diferença não as estigmatize, mas propicie uma variedade de recursos para a construção do conhecimento.